quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Feridas emocionais.




 Algumas consideração sobre um vídeo sobre superação de uma camarada sem bracos e sem pernas que está circulando pelo Face. (Bem emocionante, diga-se de passagem.)

Este vídeo é muito bacana, e admiro muito a coragem e determinação deste cara, é importante ver uma pessoa superando barreiras que aparentemente são intransponíveis,

meu grande medo é quando começam as comparações,

uma pessoas com uma deficiência física qualquer que seja, necessita de uma saúde emocional muito grande para lidar com isso, tenho certeza que o camarada do vídeo teve momentos de profunda tristeza, mas teve maturidade emocional para ir enfrente, tenho certeza que teve apoio de pessoas importantes em sua vida, para poder construir o caráter e a força para vencer,

"uma pessoa que tem os braços e pernas não tem esta coragem"

de fato existem pessoas com o corpo intacto, mas que carregam feridas psicológicas muito profundas, que vivem em sofrimento psicológico, carregam traumas emocionais oriundos do abandono parental,

não penso que isto deva ser usado para que estas pessoas fiquem se lamentando, que não devam se tratar, mas que um "machucado emocional", possa ser tão profundo como um físico, que uma pessoa depressiva ou com outra enfermidade da alma, talvez seja mais aleijada que uma pessoa que não tem braços e pernas, e que passar por estas comparações, pode doer muito.

Só como exemplo, soldados canadenses que participaram da Guerra do Golfo, e sofrem de estresse pós traumático, estão conseguindo que o governo os recolhença como feridos de guerra, e possam receber o tratamento adequado como ferido. Só para refletir, soldados com estresse pós traumático até a Segunda Grande Guerra, eram fuzilados como desertores e covardes.